A escolha da sede foi difícil, porque em um cenário pós-guerra muitos países não consideravam adequado organizar uma celebração esportiva. O Brasil, que já havia se candidatado para sediar a Copa de 1942, que acabou não ocorrendo, lançou mais uma vez a sua proposta, o que foi prontamente aceito em 1946.
Seguindo a nova regra, Brasil (anfitrião) e Itália se classificaram automaticamente, embora houvesse resistência italiana em participar, pois estavam se reconstruindo após a guerra. Convencida, a Itália se inscreveu no torneio e disputou com o Brasil e mais 11 seleções a quarta edição da competição. Curiosamente, o Japão, ainda sob ocupação, foi impedido de participar do torneio, assim como Turquia, Índia, e França, mesmo classificados, desistiram de disputar.
Mesmo diante de muitos atrasos, o Brasil terminou seus estádios a tempo e sediou a Copa do Mundo em 6 cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Curitiba. Construído especialmente para o torneio e, na ocasião (e durante muito tempo depois ainda), o maior do mundo, o Estádio Municipal, popularmente conhecido como Maracanã, sediou a fatídica partida da final entre Brasil e Uruguai.
O “Maracanaço”
A seleção brasileira tinha a vantagem na disputa pelo título, pois um empate bastava para sagrar-se campeã. No início do segundo tempo abriu o placar, e já comemorávamos adiantado, até que o Uruguai empatou o jogo minutos depois. O Brasil estava ainda na vantagem, mas faltando 11 minutos para o final da partida o Uruguai marcou mais um, virando o placar para 2 x 1. O Maracanã se calou e, como eternizou o escritor Nelson Rodrigues, “houve um silêncio ensurdecedor no Maracanã no dia 16 de julho de 1950”, às 16 horas e 50 minutos. O Brasil perdia a Copa, em casa.
Para essa edição do torneio foram selecionados artigos dos periódicos: Diário Carioca, Careta, Fon Fon, O Globo Sportivo, Sport Ilustrado, O Malho e A Noite.
FONTE: http://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/copas-do-mundo-1930-2010/brasil-1950/
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